quarta-feira, 19 de março de 2014

Após ataques, Kiev traça plano de retirada militar da Crimeia

  • Soldados ucranianos carregam seus pertences enquanto deixam a base da Marinha em Sevastopol, na Crimeia, nesta quarta-feira (19), após soldados encapuzados pró-Russia assumirem o controle do posto

    Soldados ucranianos carregam seus pertences enquanto deixam a base da Marinha em Sevastopol, na Crimeia, nesta quarta-feira (19), após soldados encapuzados pró-Russia assumirem o controle do posto

O governo da Ucrânia divulgou nesta quarta-feira (19) que está fazendo planos para retirar suas tropas da Crimeia, onde a Rússia já está tomando o controle formal de bases militares na península.

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, Andriy Parubiy, disse que o país vai buscar ajuda da ONU (Organização das Nações Unidas) para transformar a Crimeia em uma zona desmilitarizada, com o intuito de deslocar suas forças para o continente.

ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA CRIMEIA

"Estamos elaborando um plano que nos permita tirar os soldados e suas famílias da Crimeia, para que sejam levados rápida e eficientemente para a Ucrânia continental", declarou o secretário em uma entrevista coletiva transmitida pela TV.

Hoje, mais cedo, homens mascarados, falando russo, tomaram o comando do QG naval da Ucrânia em Sebastopol. Segundo a agência de notícias AP, o portão da base foi derrubado e uma bandeira russa foi hasteada. Os milicianos, desarmados, aguardaram por uma hora até a chegada do comandante da frota russa do Mar Negro e aí então tomaram o prédio. Soldados ucranianos tiveram que deixar o local levando seus pertences.

Autoridades pró-Russia na Crimeia detiveram o comandante da Marinha e bloquearam a entrada na península de autoridades do governo, como o ministro da Defesa.

De acordo com o jornal "The Boston Globe", os milicianos que tomaram a base naval não encontraram resistência.

O ministro da Defesa e o vice-premiê da Ucrânia tinham planejado viajar à Crimeia nesta quarta como uma tentativa de diminuir tensões, mas foram alertados pelo primeiro-ministro da Crimeia de que eles não poderiam entrar.

"Eles não são bem vindos na Crimeia", disse o premiê Sergei Aksyonov. "Eles não serão autorizados a entrar na Crimeia, serão enviados de volta", segundo informações da agência Interfax.

Ontem, um confronto na Crimeia entre soldados ucranianos e pró-Rússia resultou na morte de duas pessoas. (Com "Boston Globe" e AP)

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