segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Questões ambientais ENEM 2018

A degradação dos solos 

Técnicas inadequadas de uso do solo, desmatamento, irrigação sem os devidos cuidados, poluição por agrotóxicos e erosão são alguns dos problemas responsáveis pela degradação dos solos.

As atividades agropecuárias (agricultura e pecuária) ampliam a erosão, tornando-a mais intensa do que em condições naturais.

A vegetação é um importante instrumento de defesa do solo contra a erosão. Os restos vegetais também têm papel importante, pois retêm a água e dificultam o escoamento superficial. Com o desmatamento, ou seja, a retirada da vegetação, o solo fica desprotegido.

O impacto das gotas de chuva sobre o solo sem cobertura vegetal e bastante prejudicial. Se o terreno é inclinado e a chuva é muito intensa, ocorrem as enxurradas, que transportam o material para as áreas mais baixas, como o leito de um rio, podendo provocar assoreamento.

Outra consequência do desmatamento e da atividade agropecuária é a compactação da camada superficial do solo pelo uso de máquinas pesadas e pelo pisoteamento do gado, o que impede a boa absorção da água e dos nutrientes.

 

Efeitos da erosão

A erosão também é responsável pela degradação biológica, isto é, pela eliminação de insetos, minhocas, bactérias e outros pequenos organismos que vivem no solo e são fundamentais para a produção e reprodução dos nutrientes das plantas.

Em todo o mundo, a erosão traz problemas ambientais para as áreas rurais e ocorre com maior intensidade no norte e no centro da África, nas áreas mais elevadas da América do Sul e em grande parte do sul da Ásia.

 

Efeitos da queimada

Uma técnica ainda muito empregada no campo, principalmente no Brasil, para retirada da vegetação natural e a implantação de cultivos e pastagens é a queimada.

Em uma primeira avaliação, a queimada aparentemente beneficia um acréscimo de nutrientes para o solo. No entanto, os prejuízos são maiores. O fogo elimina nutrientes, micro-organismos, insetos e resíduos vegetais, deixando o solo descoberto sujeito à erosão.

 

Produtividade – fertilizantes químicos e agrotóxicos

É inegável a contribuição dos fertilizantes químicos para o aumento da produção mundial de alimentos e matéria-prima. Os agrotóxicos – empregado para combater ou controlar ervas daninhas, insetos, bactérias, fungos e outros seres vivos, chamados popularmente de pragas – podem prejudicar o desenvolvimento das culturas, mas têm importante papel na produção agrícola mundial.

 

O uso inadequado de produtos químicos

O uso excessivo ou inadequado de produtos químicos pode degradar o solo e poluir águas subterrâneas e de rios. Além disso, muitos agrotóxicos são prejudiciais para os seres humanos e os animais.

Com o uso contínuo de agrotóxicos, as pragas evoluem e tornam-se mais resistentes a eles. Para combater essa resistência, a dose e a potência desses venenos são aumentadas continuamente.

O emprego inadequado de produtos químicos no campo também pode provocar o surgimento de novas pragas, a eliminação de insetos predadores de pragas, a morte e redução de aves e animais que se alimentam das pragas, e poluição atmosférica.

Em muitos países os fertilizantes químicos e os agrotóxicos estão dando lugar a novas técnicas e produtos. Adubos orgânicos vêm sendo usados, ainda em pequena escala, por meio do uso de predadores naturais e de espécies de plantas mais resistentes, também auxiliam na redução do uso de agrotóxico.

 

Impactos ambientais resultantes da irrigação

O sistema de irrigação foi desenvolvido com o objetivo de aumentar a produção de alimentos em áreas com escassez de água O aperfeiçoamento dessa técnica proporcionou a construção de canais de distribuição que conduzem a água dos rios até as plantações.

Como avanço tecnológico, ampliaram-se as áreas irrigadas em todo o mundo e consequentemente as agressões ao meio ambiente. Sendo os principais impactos:

  •  Alagamento ou encharcamento de áreas de cultivo, como consequência do uso de técnicas inadequadas;
  • Acúmulo de fertilizantes em rios que abastecem as áreas de plantações;
  • Salinização decorrente do excesso de irrigação;
  • Proliferação de insetos e fungos prejudiciais às plantações;
  • Desperdício, pois grande parte da água usada na irrigação é perdida por evaporação ou por infiltração.