Reuters
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, irá se dirigir ao Conselho de Segurança da entidade na quinta-feira para tratar da escalada das hostilidades entre Israel e os palestinos, que ele descreveu como uma situação "perturbadora e volátil". O organismo, que conta com 15 membros, irá se reunir às 11h de quinta-feira (10) para discutir a violência que ameaça descambar para as piores hostilidades entre Israel e os militantes do Hamas em Gaza desde a guerra de oito dias, em 2012.
Ruanda, que preside o conselho até julho, disse que Ban e os embaixadores israelense e palestino farão uma declaração pública antes das consultas a portas fechadas.
Os ataques aéreos de Israel atingiram Gaza em intervalos de poucos minutos nesta quarta-feira (9). Militantes mantiveram os disparos de foguetes no coração de Israel em um conflito crescente que autoridades palestinas disseram já ter matado pelo menos 47 pessoas. "Gaza está no fio da navalha", afirmou Ban. "Condeno firmemente os múltiplos ataques com foguetes de Gaza para Israel. Tais ataques são inaceitáveis e devem parar".
"Também exorto [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu a exercer o máximo comedimento e a respeitar as obrigações internacionais para proteger os civis. Condeno o número crescente de vidas civis perdidas em Gaza", declarou o secretário.
Ban passou o dia falando com líderes regionais e mundiais, incluindo Netanyahu; o presidente palestino, Mahmoud Abbas; o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry; o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi; o rei da Arábia saudita e o emir do Qatar.
"Os líderes regionais têm um papel vital a desempenhar, e exorto o presidente Sisi e outros para que ajudem a facilitar um retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012", declarou Ban. "O risco de expansão da violência é real. Gaza, e a região como um todo, não podem se dar ao luxo de outra guerra em larga escala".
O Cairo mediou uma trégua no conflito dois anos atrás, mas a hostilidade do atual governo militar em relação aos islâmicos em geral e ao Hamas, a quem acusa de auxiliar companheiros militantes na península egípcia do Sinai, pode dificultar uma mediação. O Hamas nega as alegações.
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