O presidente americano, Barack Obama, falou por telefone durante uma hora com o russo Vladimir Putin na noite desta quinta-feira (6) a respeito da situação na Ucrânia e pediu com urgência paa que ele aceite uma solução diplomática para a atual crise, informou a agência de notícias Reuters citando como fonte a Casa Branca.
Na segunda conversa entre os dois presidentes por telefone nos últimos seis dias, Obama esboçou os termos de um atalho diplomático, promovido por autoridades americanas, que incluem: o retorno das tropas russas para suas bases, a autorização para a entrada de monitores internacionais que garantam os direitos da etnia russa e a autorização de diálogos diretos com a Ucrânia. Obama teria ainda enfatizado que a incursão russa na região autônoma ucraniana da Crimeia é uma violação da integridade soberana e territorial da Ucrânia.
O Parlamento da Crimeia votou nesta quinta unanimamente a favor de se tornar parte da Rússia. Pouco antes da decisão, o vice-premiê da região afirmou que um referendo sobre o status da Crimeia será realizado em 16 de março. Segundo o texto aprovado pelo Parlamento, foi acertado "entrar na Federação Russa com os direitos de um sujeito da Federação Russa".
O presidente interino da Ucrânia disse que o referendo previsto era ilegítimo, classificando-o como uma farsa e um crime organizado pelos militares russos. Em um breve discurso televisionado, Oleksander Turchinov afirmou que o Parlamento ucraniano vai iniciar procedimentos para rejeitar a assembleia da Crimeia e bloquear o referendo.
"Não é um referendo, é uma farsa e um crime contra o Estado, que é organizado por militares da Federação Russa", disse ele diante da bandeira nacional azul e amarela.
A crise na Ucrânia se intensificou em fevereiro, após meses de protestos a favor da Europa e contra assinaturas de contratos do governo com a Rússia. As manifestações se voltaram contra o presidente pró-Rússia, Viktor Yanukovych, que foi derrubado e deixou o país. Enquanto isso, Putin enviou tropas para a região da Crimeia, em uma prova de força contra o governo interino que se formou na Ucrânia.
A Crimeia é uma península que abriga a maioria das bases russas e é histórica e culturalmente ligada à Rússia.
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