sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Entrevista Joaquim Barbosa


Em entrevista a Miriam Leitão, Joaquim Barbosa comentou a recente "perseguição" que estaria sofrendo por parte de setores da grande mídia e de blogs "anônimos".

A partir do momento em que despontou como candidato favorito à Presidência da República em pesquisa realizada pelo Datafolha em manifestação de São Paulo, passou a ser mais visado e investigado.
Segundo relatos publicados nas redes sociais, Franklin Martins, assessor de Dilma, teria avençado com blogueiros "amigos do governo" o vasculhamento da vida pessoal do ministro, tendo em vista que este seria um potencial e perigoso concorrente. A intenção seria "mostrar que ele é como os políticos".

Desde então, Joaquim Barbosa foi acusado de comprar um apartamento ilegalmente nos EUA, ferindo estatuto público, além de emergirem informações sobre relacionamento de seu filho com a Rede Globo, entre outros.

Na entrevista, Joaquim Barbosa comentou: "Há milhares de pessoas públicas no Brasil. No entanto os jornais não saem por aí expondo a vida privada dessas pessoas públicas. Pegue os últimos dez presidentes do Supremo Tribunal Federal e compare. É um erro achar que um jornal pode tudo. Os jornais e jornalistas têm limites. São esses limites que vêm sendo ultrapassados por força desse temor de que eu eventualmente me torne candidato".

Prosseguiu: "No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões [de preconceito] se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na mídia. As investidas da Folha de S.Paulo contra mim já são um sinal. A Folha de S.Paulo expôs meu filho, numa entrevista de emprego. No domingo passado, houve uma violação brutal da minha privacidade. O jornal se achou no direito de expor a compra de um imóvel modesto nos Estados Unidos. Tirei dinheiro da minha conta bancária, enviei o dinheiro por meios legais, previstos na legislação, declarei a compra no Imposto de Renda. Não vejo a mesma exposição da vida privada de pessoas altamente suspeitas da prática de crime".

Sendo mais incisivo, asseriu: ". Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só faço um alerta: a Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria meios de, no momento devido, através do Judiciário, identificar quem são essas pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos".

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