Tenho convicção de que não é, a julgar pelo testemunho de amigos e conhecidos que acompanham há muito tempo a trajetória da presidente da Petrobras.
A impressão é referendada pela investigação que devassa a empresa criada em 1953 e descobre uma falcatrua atrás da outra. Nenhuma com indício de participação de Maria das Graças Foster.
Até estourar o escândalo em curso, a imagem de competência da engenheira era praticamente unânime.
Graça Foster não é larápia. Mas se fosse?
Do noticiário recente, impressiona a autonomia que diretores e gerentes da Petrobras tinham ou têm para exercer de gatuno.
Existem conselhos e outros colegiados, mas está claro que suas funções são protocolares. Os mecanismos fiscalizadores não funcionam.
Noutras palavras, se executivos que não se tornaram cabeça da companhia roubaram tanto, confessadamente, imagina se um presidente quiser meter a mão no patrimônio alheio. O estrago será mais grave.
Depende-se da integridade do presidente, porque os controles são fragilíssimos.
A Petrobras foi criada contra interesses poderosos. Desde então foi sabotada pelos inimigos do monopólio estatal do petróleo. Nos anos 1990, eles lograram sucesso, e “o petróleo é nosso'' virou slogan do passado, pelo menos “é 'só' nosso''. Hoje e ontem um consórcio de empresários privados e servidores públicos corruptos, incluindo políticos, sangra ainda mais a empresa que representou e representa uma conquista do povo brasileiro.
Será possível mesmo que a presidente de uma impresa de tamanha importância nacional, não tenha reparado aos desfalques financeiros ocorridos ao longo dos anos de uma impresa de seu comando? Não digo envolvimento, mas sim conhecimento do que estava/está acontecendo na Petrobras.
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