Desde 2003, a Indústria perdeu considerável terreno entre as atividades econômicas responsáveis pela produção de bens e serviços (PIB) no Brasil. De 27,8% do PIB, naquele ano, a participação do setor caiu para 24,9% do PIB, em 2013 (menos 2,9 pontos porcentuais) –mostram as Contas Nacionais divulgadas nesta quinta-feira pelo IBGE.
Importante destacar o caso da Indústria de Transformação. O subitem equivale à metade de toda a Indústria nacional. Sua a queda na formação do PIB foi de nada menos que 5,0 pontos entre 2003 e 2013, dos 18% para os 13%.
E, embora a Agropecuária tenha sido responsável por parte significativa do crescimento econômico do Brasil no ano passado; e mesmo que seja festejada com razão pelo governo por seus sucessivos recordes; ela perdeu espaço no PIB nacional entre 2003 e 2013: recuou de 7,4% para 5,7% da atividade econômica.
Enquanto isso, no mesmo período, a faixa ocupada pelos Serviços subiu 4,6 pontos porcentuais, de 64,8% do PIB para 69,4% do PIB. Mostra a força do consumo obtido pelo incremento de renda observado no Brasil nestes anos.
De um lado, o PIB per capita do Brasil avançou 51% desde 2003 até o ano passado– este presente texto considera os dados do Fundo Monetário Nacional, ligeiramente diferentes dos do IBGE. De outro, embora a maior parte da renda ainda esteja muito concentrada entre poucos brasileiros, já está bem menos do que era.
Os 38% da população de classe média, em 2003, viraram são 54%. E a considerada classe alta subiu de 13% para 22% dos consumidores entre os mesmo anos. Para 2023, a previsão é de ainda maior poder de compra: a classe média deve ser de 58% dos brasileiros; a classe alta, de 33%.
Está justamente aí está a principal justificativa do avanço dos Serviços: não só de geladeira, tevê de LCD, carro do ano se vive. A classe média também consome seguros de toda a espécie, frequenta salões de beleza e viaja. E, como não tem acesso a serviços de saúde e educação de qualidade, paga cada vez mais por eles.
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